segunda-feira, 9 de novembro de 2009

cabe lá tudo, na garagem da vizinha!


     No dia em que se comemoram 20 anos da queda do Muro de Berlim fui ao tasco do costume ler o jornal. Estava a ler o JN e uma notícia despertou a minha atenção! Não é que já não esteja habituado, ou que nunca tenha visto, mas é por estas e por outras que muitos não acreditam na justiça, neste caso… a ausência da mesma! Diz o artigo do JN: “… a revista efectuada por uma agente da PSP, segundo os autos, foram-lhe encontradas na vagina dois anéis, três brincos, três pendentes com pedras preciosas, um fio com cerca de meio metro, um relógio Omega Speed Master, duas pulseiras e duas medalhas com motivos religiosos”. Posso fazer uma pergunta inocente? Procuraram bem? Era capaz de caber lá mais qualquer coisinha, um brochezinho em ouro ou um crucifixo??? Não? Adiante… “Num dos furtos, em Palmela, o grupo conseguiu entrar numa moradia, numa urbanização de luxo, de onde conseguiram retirar um cofre com 600 quilos, que continha mais de 200 mil euros em jóias. “ Posso fazer outra observação? Eu bem desconfiava, devia ter lá mais qualquer coisa, até um cofre! Ou a vagina já era o cofre? Continuando…”L.D era uma das mulheres que foram usadas pelo grupo para a prática dos furtos em residências que ocorreram em Palmela, em Setúbal, na Moita, no Seixal e em Lisboa (Telheiras e Pontinha) e em Leiria, enquanto os homens ficavam em casa a tomar conta das crianças. Seis elementos do grupo foram detidos e ficaram em preventiva e os outros constituídos arguidos, com termo de identidade e residência, mas por causa da reforma do Código de Processo Penal, eles acabaram por ser libertados, enquanto os outros nunca cumpriram as apresentações periódicas às autoridades… Os indivíduos, catorze homens e mulheres, ligados aos romi, com origem na sua maioria, na zona dos Balcãs, mas também em Itália. A acusação do Ministério Público dá conta que vieram para Portugal, até 2006, para praticarem furtos em residências. Um grupo nómada, cujo julgamento está marcado mas pode não realizar-se; o tribunal não encontra os arguidos para os notificar... Segundo o JN apurou, as primeiras sessões do julgamento estavam marcadas para amanhã e depois de amanhã, no Tribunal da Moita, na Margem Sul do rio Tejo, mas a verdade é que as autoridades não conseguiram notificar os arguidos, por desconhecerem o seu paradeiro, o que poderá conduzir à impunidade dos autores dos crimes, acusados da prática de associação criminosa, onze furtos qualificados em residências, receptação, falsificação de documentos, condução sem carta e falsas declarações. " Vou ainda fazer outra pergunta. De quem é a culpa? Será que os homens que ficavam a tomar conta das crianças sabiam mudar as fraldas? Será que a policia procurou o tal grupo nomada dentro da vagina onde tudo parece caber? "Tiro o carro, meto o carro, na garagem da vizinha!"

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